quinta-feira, maio 04, 2017

Comida, diversão e arte com sustentabilidade na Amazônia



Alê Barreto recebendo o "pãoesia" das artistas Enaiê e Manguita no bairro do Bosque, Rio Branco, Acre, Amazônia



Por Alê Barreto *

Segunda-feira passada, uma amiga acreana me mandou uma mensagem no Facebook. Era o link para uma matéria do G1 do Acre. Estava um pouco ocupado, deixei para ler depois. Terça, indo almoçar, me deparei em uma banca de revista com uma chamada na capa do jornal Página 20 aqui de Rio Branco: "Grupo de artistas vende pão artesanal com poesias". Achei maravilhoso!

Voltando para casa, abri o Facebook e fui ver minhas mensagens. Voltei ao link que a minha amiga havia mandado. Tratava-se do mesmo assunto: "Grupo de artistas vende pão artesanal com poesia". Era o coletivo de artistas do qual ela faz parte. O "pãoesia" é uma maneira criativa que este grupo de jovens encontrou para financiar o "Nosso Quintal AC", espaço onde estão morando e desenvolvendo seus trabalhos artísticos aqui em Rio Branco.





Na matéria, uma das artistas explica o que é o "pãoesia":

“Acreditamos que a culinária é uma arte, já que é totalmente integrada às diferentes culturas. Porém, nem sempre ela é enxergada dessa forma, para nós é importante retomar este aspecto. Resolvemos então, para além de fazer os pães, criar uma forma artística de vendê-los e apresentá-los. Cada pão é vendido com uma poesia e se chama “PÃOesia”, as embalagens são produzidas artesanalmente e algumas vendas dos pães são acompanhadas música e palhaçaria”.

Resolvi então comprar o "pãoesia". Fiz contato com minha amiga e combinei de me trazerem um pão hoje. Próximo das 9h da manhã comecei a cuidar a janela. Então avistei o "Pitelzinho Prateado" chegando, nome como é conhecido o fusca adquirido nas andanças do grupo pelo Brasil.




Essa foi a equipe que veio trazer o "pãoesia" (da esquerda para direita): Enaiê, palhaça "Manguita" e a Bruna.





Foi um momento muito especial. Vi gente feliz com o que se propõe a fazer!






E esse foi o "pãoesia" que comprei. De castanha, uma delícia!








O poema foi "Meninos" de Juraildes da Cruz, do Tocantins:


"Não sou tanajura
mas eu crio asas,

Com os vagalumes

eu quero voar, voar, voar

O céu estrelado hoje é minha casa

Fica mais bonita

quando tem luar, luar, luar


Quero acordar

com os passarinhos

Cantar uma canção

com o sabiá".



Ao invés de ficar esperando editais, leis de incentivo, patrocínios, que tal fazer como essa trupe? Crie algo, bote a mão na massa e corra atrás dos seus sonhos.



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* Alexandre Barreto é administrador pela Escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EAD/UFRGS) e MBA em Gestão Cultural pela Universidade Cândido Mendes (RJ) . Empreendedor que dissemina conhecimentos e atua em redes para promover mudanças. Escreveu os livros Aprenda a Organizar um Show e Carreira Artística e Criativa
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