terça-feira, outubro 08, 2013

Vendo o meu trabalho ou estabeleço uma parceria com um agente artístico?




Por Alê Barreto *
alebarreto@gmail.com



No texto 6 noções básicas sobre agenciamento artístico  falei brevemente sobre o que é agenciamento artístico, o que é fundamental no agenciamento, um conceito do que são as melhores oportunidades e as formas básicas de agenciamento. Hoje vamos compartilhar um pouco mais como funciona este serviço.

Qual é a razão de se buscar um agenciamento artístico profissional? As razões para se buscar um serviço de agenciamento profissional são muitas. Em linhas gerais, as motivações básicas que levam as pessoas a buscarem profissionais de agenciamento artístico são:

- falta de conhecimento sobre agenciamento artístico (não saber como fazer);

- a opção de manter o foco (não querer fazer seu próprio agenciamento);

- entender que um agente qualificado pode facilitar as negociações e evitar desgastes.


Vamos falar um pouco de cada uma destas motivações.


Falta de conhecimento sobre agenciamento artístico

Seja por necessidade ou por prazer, a maioria de nós sabe ensaiar passos básicos em vendas. Contudo, muita gente confunde a “venda básica” (dizer quanto custa e argumentar um pouquinho) com “venda profissional” (apoiada em conceitos da ciência do marketing). E esta confusão leva muitas pessoas a acreditar que sabem vender, a cometer equívocos e a se “queimar” no mercado. Felizmente, depois de algumas tentativas, algumas pessoas se convencem de que o agenciamento deve ser feito por um profissional de área afim.


A opção de manter o foco

É muito comum também artistas, produtores, iluminadores, operadores de som, cenógrafos e os diferentes profissionais das cadeias produtivas dos setores criativos optarem realizar o que realmente tem experiência, formação e/ou o que gostam de fazer. Isso pode ser bom e pode ser ruim. Pode ser bom porque é possível ocupar o tempo produzindo aquilo que mais se gosta de fazer. Pode ser ruim porque posições “engessadas” do tipo “não me fale de vendas” dificultam o entendimento do ambiente do mercado. As vezes não gostamos de vender e em determinados momentos é preciso contribuirmos com o processo de venda de nosso próprio trabalho.


Entender que um agente qualificado pode facilitar as negociações e evitar desgastes

Contar com o serviço de um escritório de agenciamento artístico ou de um agente independente pode facilitar muito uma série de negociações. Nem sempre é conveniente que um profissional negocie seu próprio trabalho. Há exceções? Sim. Mas são exceções. Digo isso porque o que motiva um profissional de carreira criativa (ator, cantor, palestrante, artesão, escritor, cineasta, etc.) é um conjunto de fatores que nem sempre parecem estar contemplados numa negociação de uma proposta para fazer um comercial, um filme, um musical de teatro, uma apresentação musical. Eu digo “nem sempre parecem”, porque a comunicação de uma negociação é percebida por cada um de forma diferente. Nem todo mundo recebe uma proposta de trabalho diferente dos critérios que está acostumado a trabalhar e não reage. Nem todo mundo discute o preço do seu trabalho num clima tranquilo.

Um formato interessante: um profissional de carreira criativa das artes cênicas pode buscar estar atento para manter boas relações com autores e diretores e contar com uma assessoria de agenciamento artístico para negociar seu trabalho com a produção de elenco.


Aposte no equilíbrio. Conheça mais sobre o universo do agenciamento artístico, para saber estruturar melhor a estratégia de gestão de sua carreira profissional artística e criativa.

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[NOVO!] 

Leia o "Roteiro de articulação, mobilização e captação de recursos: quais são as minhas necessidades"
http://produtorindependente.blogspot.com.br/2013/08/roteiro-de-articulacao-mobilizacao-e.html



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* Alexandre Barreto, mais conhecido como “Alê Barreto”, é um profissional multifuncional. Administrador de empresas, diretor de produção e produtor executivo, possui competências tanto para organização de eventos e direção de produção como para planejamento, gerenciamento e execução de projetos culturais, sociais e corporativos. Sua ação pioneira de compartilhar suas experiências práticas têm contribuído para a organização e desenvolvimento de setores criativos brasileiros. Criador do blog “Produtor Cultural Independente”, ativo desde 2006, possui diversos textos citados e recomendados em publicações do SEBRAE, trabalhos de graduação, pós-graduação e artigos na revista Fazer e Vender Cultura.

Seu livro "Aprenda a Organizar um Show", primeiro método sobre produção executiva de shows publicado em língua portuguesa na internet, já foi acessado por mais de 22.000 pessoas e rendeu-lhe convite para cursos, palestras e consultorias em várias cidades do Brasil e a indicação em 2013 ao Prêmio Dynamite de Música Independente (SP).

Atualmente é um dos gestores do Grupo Nós do Morro no Rio de Janeiro (RJ) e está em fase de conclusão do MBA em Gestão Cultural na Universidade Cândido Mendes (RJ). Sua monografia é sobre carreira criativa e conta com a orientação da consultora Eliane Costa.

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